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25/12/2010

Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo




No Natal de 1953, comentando num artigo a célebre frase de São João "A Luz brilhou nas trevas (1, 5), o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira assim escreveu: "Foi com estas palavras que o Discípulo amado anunciou, para seu tempo e para os séculos vindouros, o grande acontecimento que celebramos neste mês.
Fórmula sintética, sem dúvida, mas que exprime o conteúdo inexaurivelmente rico, do grande fato: havia trevas por toda a parte, e na obscuridade dessas trevas se acendeu a Luz.
Qual a razão destas metáforas? Por que luz? Por que trevas?
Os comentadores são unânimes em afirmar que as trevas que cobriam a terra quando o Salvador nasceu eram a idolatria dos gentios, o ceticismo dos filósofos, a cegueira dos judeus, a dureza dos ricos, a rebeldia e o ócio dos pobres, a crueldade dos soberanos, a ganância dos homens de negócio, a injustiça das leis, a conformação defeituosa do Estado e da sociedade, a sujeição do mundo inteiro à prepotência de Roma.
Foi na mais profunda escuridão dessas trevas que Jesus Cristo
apareceu como uma luz.
Qual a missão da luz?
Evidentemente, dissipar as trevas.
De fato, aos poucos, foram elas cedendo. E, na ordem das realidades visíveis, a vitória da luz consistiu na instauração da Civilização Cristã que, ao tempo de sua integridade, foi, embora com as falhas inerentes ao que é humano, autêntico Reino de Cristo na terra" (transcrito de "Catolicismo", dezembro de 1953).

(Fonte: "Cada dia tem seu Santo", de A. de França Andrade - Artpress)