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12/01/2012

Eucaristia


Os evangelistas especificam que foram os Doze, os Apóstolos, que estiveram reunidos com Jesus na Última Ceia (cf. Mt 26,20; Mc 14,17; Lc 22,14). “Trata-se de um detalhe de notável importância, porque os Apóstolos foram à semente do novo Israel e ao mesmo tempo a origem da sagrada Hierarquia».

1 Ao oferecer-lhes o seu corpo e sangue como alimento, Cristo envolvia-os misteriosamente no sacrifício que iria consumar-se dentro de poucas horas no Calvário. De modo análogo à aliança do Sinai, que foi selada com um sacrifício e a aspersão do sangue.

2 Os gestos e as palavras de Jesus na Última Ceia lançavam os alicerces da nova comunidade messiânica, povo da nova aliança.

No Cenáculo, os Apóstolos, tendo aceitado o convite de Jesus : «Tomai, comei [...]. “Bebei dele todos” (Mt 26, 26.27), entraram pela primeira vez em comunhão sacramental com Ele.

Desde então e até ao fim dos séculos, a Igreja edifica-se através da comunhão sacramental com o Filho de Deus imolado por nós: «Fazei isto em minha memória [...].Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em minha memória» (1 Cor 11, 24-25; cf. Lc 22, 19) .

A incorporação em Cristo, realizada pelo Batismo, renova-se e consolida-se continuamente através da participação no sacrifício eucarístico, sobretudo na sua forma plena que é a comunhão sacramental. Podemos dizer não só que cada um de nós recebe Cristo, mas também que Cristo recebe cada um de nós.

Ele intensifica a sua amizade conosco: «Chamei-vos amigos» (Jo 15, 14). Mais ainda, nós vivemos por Ele: «O que Me come viverá por Mim» (Jo 6,57). Na comunhão eucarística, realiza-se de modo sublime a inabitação mútua de Cristo e do discípulo: «Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós» (Jo 15,4).
Papa João Paulo II
Fonte: Carta Encíclica; A Igreja vive da Eucaristia
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