Conhecida por muitos pela alegria e pela paz que comunicava...sempre com o sorriso nos lábios, foi uma mulher de trabalho.
A presença gentil dela, a voz morna, amável dela, e a vontade dela para ajudar com qualquer tarefa servil eram um conforto para as pessoas pobres e sofredoras que vinham à porta do Instituto.
Dentre tantos aspectos de sua vida e seu modo de encarar o sofrimento e a dor, me tocam:
1) Sua misericórdia e perdão -
Perguntada sobre o que faria, se encontrasse os raptores, aqueles que a venderam, dela judiaram e a fizeram tanto sofrer, ela responde:
"Se encontrasse aqueles negreiros que me raptaram e mesmo aqueles que me torturaram, eu me ajoelharia a seus pés e lhes beijaria as mãos, porque se não fossem eles, eu não conheceria Jesus, não chegaria à fé cristã e não seria religiosa."
2) Total confiança no Senhor -
No final de sua vida, sentindo próxima a morte, disse às Irmãs:
"Vou-me, devagarinho, para a eternidade... Vou com duas malas: uma contém os meus pecados, a outra, bem mais pesada, contém os méritos infinitos de Jesus Cristo. Quando eu comparecer diante do tribunal de Deus, cobrirei a minha mala toda com os méritos de Nossa Senhora, depois abrirei a outra, apresentarei os méritos de Jesus Cristo e direi ao Eterno Pai: "Agora julgai o que vedes!" Oh, estou segura de que não serei rejeitada! Então me voltarei para São Pedro e lhe direi: "Pode fechar a porta, porque eu fico!"
Sofreu por muito tempo, mas na sua devoção a Santíssima Virgem, na sua vida de oração, sacramental, de entrega total ao Senhor, ela pôde se deixar trabalhar por Deus, seu verdadeiro libertador.
Santa Josefina Bakhita está entre os santos cujo corpo não sofreram corrupção após a morte.