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04/01/2012

Livro da Vida : O Velho e Novo

Quando 2011 começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Você podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia colocar: um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração. Podia...
Hoje não pode mais; já não é seu.
É um livro já escrito... Concluído.
Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia será lido, com todos os detalhes, e você não poderá corrigi-lo.
Estará fora de seu alcance.
Portanto, agora que 2011 terminou, reflita, tome seu velho livro e o folheie com cuidado.
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência; faça o exercício de ler a você mesmo.
Leia tudo...
Aprecie aquelas páginas de sua vida em que você usou seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.
Não, não tente arrancá-las.
Seria inútil. Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que lhe será entregue.
Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superficie do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir, coloque-o nas mãos do Criador.
Não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras:
Obrigado e Perdão!!!
E, agora que 2012 chegou, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco todo seu, no qual você irá escrever o que desejar...

FELIZ LIVRO NOVO !!!

12/10/2011

Dia das Crianças - poema.



Ficar de novo pequenina
Olhando as crianças brincando
Comecei a pensar
Talvez quando eu era criança
Adulta eu queria ficar…

E mil lembranças
Voltam em minha mente
De quando eu era pequenina
Uma criança somente…..

Muitas recordações…
Dias felizes….as emoções
E ate das tristezas
Que um dia tive….

Sera mesmo que aproveitei?
Sera que eu valorizei?
A grandeza……a alegria..
Aquela vivencia em plena “folia”?

Sera que o adulto eu analisei?
Sera que eu acreditei?
Que tudo seria melhor quando eu crescesse?
E adulta eu fiquei!!!!!

E hoje quero confessar
Que a infância me fascina…
E que eu daria tudo….
Pra ficar de novo pequenina!

23/08/2011

Poem which I endorse fully.



The longer I live, the more I realise the impact of attitude on life.
It is more important than the past, than education, than money, than circumstances, than failures, than successes, than what other people think or say or do.
It is more important than appearance, skills or talent.
It will make or break a company … or a home.
The remarkable thing is we have a choice every day regarding the attitude we will embrace for that day.
We cannot change our past … we cannot change the fact that people will act in a certain way.
We cannot change the inevitable.
The only thing we can do is play on the one string we have, and that is our attitude …
I am convinced that life is 10% what happens to me and 90% how I react to it.
And so it is with you … we are all in charge of our attitudes.

28/06/2011

Meu nome

Eu era a Eva
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi: Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção...
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER..!!!!

(A Autora é Desconhecida, mas um verdadeira sábia...)

23/05/2011

Eu etiqueta


Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente

(Carlos Drummond de Andrade)

27/03/2011

Metáfora

Uma lata existe para conter algo,

Mas quando o poeta diz lata

Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo,

Mas quando o poeta diz meta

Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso não se meta a exigir do poeta

Que determine o conteúdo em sua lata

Na lata do poeta tudo-nada cabe,

Pois ao poeta cabe fazer

Com que na Lata venha caber

O incabível Deixe a meta do poeta, não discuta,

Deixe a sua meta fora da disputa

Meta dentro e fora, lata absoluta

Deixe-a simplesmente metáfora

(GIL, Gilberto, In: Um banda um. LP Elektra n° BR 26036, 1982. L. 1, f.3)

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